Suponho que o que obrigou este homem a falar tenha sido a consciência acerca de uma decisão por si tomada e que verifica agora ser errada. A soberania de que goza tem o seu reverso.
Compreendo que um desembargador não possa vir para a praça pública proclamar o seu erro e lamentá-lo. Não está em consonância com a dignidade da Justiça e não dá uma imagem de "segurança" nas decisões dos senhores juízes. O CSM não pode pactuar com isso. A organização político-administrativa do País não tolera confissões deste tipo. A farsa da infalibilidade do sistema não o pode permitir.
Mas eu, que não faço parte de nada disso, estou inteiramente com esse homem. Compreendo o drama que eventualmente estará a viver e, se isso lhe pudesse servir de consolo, um dia em que possa ter um problema com a Justiça, era por um juiz como este que gostava de ser julgado. Parabéns Venerando Juiz!
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