Vamos tornar-nos mais civilizados?

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

 Afinal, este meu blog ainda existe. Surpresa!
Anos e anos passados revisito-o, e com pouca estranheza, noto que a realidade não mudou assim tanto.
A alteração mais substancial é a de que escrevi em tempos que diziam de paz, e agora dizem que a Europa está em guerra; dizem também, desde ontem, que o fascismo voltou à Europa porque ontem os neo-fascistas italianos ganharam as eleições, e dizem ainda que o Benfica vai ser campeão.
Mas mudou qualquer coisita....
Dizem que a Europa está em guerra, mas é uma guerra por procuração: damos o armamento, mas não damos o coiro. Damos dinheiro, mas por debaixo da mesa.
A Ucrânia é muito importante para o Ocidente, mas o coiro de cada um dos dos ocidentais é-o ainda mais. Igualmente, os cereais ucranianos são muito importantes, bem mais importantes que a escala de valores ético-morais que a Europa exibe constantemente... 

Todos parecem ignorar que aquilo é tudo farinha de um mesmo saco. Lembrássemos nós "a dificuldade" com que portugueses de pele negra conseguiram sair do país em guerra, e só depois de intervenção da diplomacia portuguesa, e mesmo assim, ainda terem de pagar cerca de dois mil aérius per capita, para percebermos que a indiferenciação de cores não é apanágio daquelas gentes. Em suma, racistas serão. 



E não é que apesar de tudo isto ainda tenho quem venha para aqui escrever maiores disparates que estes?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Submarinos ou peritagem entre lençóis (Click aqui)

Sempre acreditei que por cultura os portugueses resolviam os grandes assuntos à volta da mesa. Constato com espanto que os resolvem na cama.
Mais importante que isso é que o rapaz vai a todas e a isenção dele face às partes é tanta como a virgindade de uma industrial do sexo.
Mas, segundo aquela senhora, Cândida Almeida, isto não tem qualquer importância.
Esta senhora nunca desilude o seu público.
Mais uns milhões que vão parar aos bolsos dos mesmos, sem que algo se conclua.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

PS acusa líder do PSD de não defender o país

Só li uma coisa parecida com este tipo de afirmações que são constantes entre a deputagem e a ministragem que se governa e nos desgoverna a nós. Chama-se História Universal da Infâmia, é de Jorge Luís Borges e qualquer dos personagens dos diversos pequenos contos de que se compõe a obra está na infância da arte quando comparado com esta escumalha.
Há coisa mais infame do que acusar alguém de não ter feito o que nós próprios nunca fizemos?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sócrates disposto a bater o pé (click no título)

O neo-liberalismo praticado cá, não entrará na Constituição, pois o PM baterá o pé.
Ora aí está por que motivo lhe dão uns no cravo e outros na ferradura. Como se diria no Alentejo, o cabrão nã se pranta quedo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Cavaco recebe a mais alta carica caboverdeana

Se ainda fosse um calhau de pedra pomes, estaria muito de acordo com o seu desempenho mas, sendo assim, ocorre-me que há medalhas que têm o valor de caricas e caricas que têm o valor de medalhas.
Never mind the balls!

domingo, 4 de julho de 2010

Vivo ou morto, Liberalismo, sim, mas devagar!

Parece que agora o socialismo foi retirado da gaveta e se tornou subitamente necessário olhar para os interesses pátrios como supremos. Até agora a Pátria era o mercado e o mercado era a Pátria, ou ambas as coisas, ou só uma delas. Será que o mercado fechou? Já "deu" o que tinha a dar?

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Da febre da carraça ou das carraças com febre

Não sei ao certo o que me deu para abrir o editor de texto e desatar a escrever, mas ocorre-me que tenha sido a febre da carraça que me afectou e de que recupero ainda de algumas pequenas sequelas.Durante o período forte da coisa, estive um pouco desligado da realidade e nem aos jogos de futebol a que a realidade neste País se reduziu até há dois ou três dias eu assisti como todo e qualquer bom patriota. Tenho desculpas fundamentadas medicamente e por escrito para a gravidade da falta.
Tinha debelado a febre baixa e a temperatura tinha voltado ao normal sem o auxílio do paracetamol, ao contrário dos meus concidadãos, tomados pela febre da bola, que parecia ser mais alta que a minha do dia anterior. Ainda assim, no dia do Espanha – Portugal já me senti com forças suficientes para assistir ao ibérico jogo. Ainda bem que o vi, porque soube em primeira mão que os espanhóis mereceram ganhar o jogo e não houve Miguéis de Vasconcelos entre a nossa rapaziada. Tinha ainda algumas dores em todas as articulações e isso parece ter-se transmitido à selecção nacional, mas não aos espanhóis que ganharam com inteira justiça.
Seguiu-se o folclore habitual. O povoléu, acicatado pelos media, pedia, qual Salomé, a cabeça de Queiroz numa bandeja. Os media, como quem vai à lenha para atiçar mais a fogueira, esmiuçaram tudo ao pormenor, para que se concluísse agora que o homem, afinal, não é o maior da Cantareira e ainda está abaixo do Chico Fininho.
E assim foi, chegaram a essa conclusão por meio de algumas derivações algo dúbias e que não resistiriam a uma elementar análise de Lógica. Digamos que os media estavam a prescrever ao povoléu a azitromicina que também eu andava a tomar e que é assim uma espécie de veneno que tudo destrói e que exige da parte de quem a toma alguma robustez para que aguente tal tratamento.
Por outro lado, este súbito desligar do mundial trouxe também alguns problemas ao executivo, pois com os aumentos dos impostos e a diminuição dos ordenados a apanharem as pessoas não distraídas ou eufóricas com o futebol que acabou e, ainda por cima, frustradas com isso, vão seguramente aceitar menos docilmente estas “medidas de salvação nacional” preconizadas no sentido de não descapitalizar quem tem o capital tão necessário à regeneração económica e financeira do País, mas a quem já está habituado a apertar o cinto ou viver com ele apertado. Eu posso agora apertar mais um ou dois furos o cinto, pois a destruição da flora intestinal pela administração de azitromicina é devastadora, mas parece-me que o País se está a afundar numa enorme diarreia.
Agora, meus senhores, se me derem licença, vou ali à casa-de-banho e já volto!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cheira mal! Mesmo a mim, a quem o olfacto desapareceu por causa do tabaco, me cheira mal!

Ou é impressão minha ou a realidade cheira mal. Há qualquer coisa em putrefacção na realidade que provoca um cheiro nauseabundo que até eu, que sou desprovido de olfacto, noto.
Lembro-me daquelas maçadoras aulas de História e dos relatos feitos sobre a queda dos regimes e dos impérios e há uma nítida semelhança com tudo isto, com este mau-cheiro que não se aguenta.
De que modo e quando se dará início à sexta República?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Não sei bem o que se passa mas, tanto quanto me parece eu e as pessoas como eu é que deveríamos ser advertidas para os problemas ambientais com que o planeta e tudo o que nele habita se debatem. Nada temos, nada temos a perder.
Paradoxalmente sou eu que ando para aqui a fazer propaganda acerca do que pode ser feito por um planeta em que os que têm algo a perder parecem apostados em dar cabo do que existe para terem ainda mais. Só não percebo o quê!
Quem se interessar carregue no banner acima

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Escândalos, escândalos e mais escândalos!

Foi uma pena a morte de Levi-Strauss, ele que afirmava que a realidade evoluía por escândalos, havia de achar Portugal um país em franco progresso.
Por mim eles são tantos e tão variados que deixaram de o ser para passarem a fazer parte de uma certa rotina incómoda, aquela em que nos vemos obrigados a conviver com qualquer coisa que cheira mal e não podemos deixar de o fazer por falta ambi-pur ou qualquer outro desodorizante do ambiente:
Agora é o STJ a afirmar que não, mas dizer que sim, mas que não se pronuncia sobre o assunto.
Em suma: olho à minha volta e tudo permanece na maior das normalidades: Olho pela janela e continuo a ver os elefantes a voarem, os porcos a andarem de bicicleta e, ao que consta, há já por aí alguns rapazes que são pais de si próprios. Tudo normal, portanto!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Há vinte anos caiu um muro e anda tudo contente!

Numa manifestação de folclore esperada desde sempre, andam os notáveis e o povoléu todos satisfeitos porque faz agora vinte anos que mandaram um muro abaixo.
Esquecem-se que na Cisjordânia há um enorme a ser construído, em Belfast há outro ou outros, a fronteira dos USA com o México é um muro...
Estão contentes por quê? Porque caiu um muro? Devem ser é palermas!
O de minha casa já teria caído se não fosse escorado e eu todos os dias dou graças às escoras para que ele se mantenha de pé!