Vamos tornar-nos mais civilizados?

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Enquanto Agosto se apaga, para meditar

Citações:
Assim, se chegar ao Governo, a dra. Ferreira Leite extinguirá o pagamento especial por conta que a dra. Ferreira Leite criou em 2001; a primeira-ministra dra. Ferreira Leite alterará o regime do IVA, que a ministra das Finanças dra. Ferreira Leite, em 2002, aumentou de 17 para 19% ; promoverá a motivação e valorização dos funcionários públicos cujos salários a dra. Ferreira Leite congelou em 2003; consolidar? efectiva, e n?o apenas aparentemente, o d?fice que a dra. Ferreira Leite maquilhou com receitas extraordinárias em 2002, 2003 e 2004; e levará a paz às escolas, onde o desagrado dos alunos com a ministra da Educação dra. Ferreira Leite chegou, em 1994, ao ponto de lhe exibirem os traseiros. No dia anterior, o delfim Paulo Rangel já tinha preparado os portugueses para o que aí vinha: "A política é autónoma da ética e a ética ? autónoma da política".?

Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 28 de Agosto de 2009.

domingo, 30 de agosto de 2009

E Prontes! Missão Comperida

E espremosca TV tenha comperido a dela ou caixamosnos a não sei quem!

A Não Perder

Académica-Sporting, com um Constipado devidamente fardado com a sua Txarte nas bancadas! Com azar, começará agora a campanha eleitoral televisivav constipada!

sábado, 29 de agosto de 2009

O viajante constipado do outro lado do espelho!

A Tunísia é um país muçulmano moderado. Contudo, o choque civilizacional sente-se assim que se pisa o solo, assim que se chega ao primeiro controlo de polícia. Não obstante tentem ser polidos, corteses, simpáticos, do modo mais normalizado possível, nota-se a existência de um fosso que me parece inultrapassável.
É da minha natureza tentar compreender a diferença e fazer dela não um factor de cisão, mas de aproximação, mas a desconfiança com que sou olhado pelo Islão exige muito tempo para que se desfaça, isto para o caso de ambas as civilizações estarem genuinamente interessadas numa aproximação, o que não é, para mim, líquido. É certo que mantêm vivas as memórias das cruzadas a que as nossas escolas nos pouparam e nem os mil e tal anos que passaram sararam as feridas então feitas. Por outro lado, a história do século passado e mesmo a deste século também não lhes traz boas recordações, nem creio que seja muito lisonjeira para o Ocidente.
Por muito modesto que eu possa ser, sou sempre visto por aquela gente como estando cheio de mim próprio, ciente da minha individualidade, o que tem o seu fundamento se olharmos à autêntica rede social que construíram.
Enquanto que aqui as relações entre comerciantes são concorrenciais, os comerciantes tunisinos relacionam-se com base na colaboração. Sabem que cada um por si não subsistirá. O condutor da caleche sabe que depende dos seus colegas e dos comerciante, o comerciante sabe que é a caleche que leva os turistas à sua loja, sabendo cada um deles que a interdependência é o regime que melhor os defende. Em suma, revelam uma consciência social, diria rizomática, que lhes garante a subsistência a todos. Têm um deus comum, têm objectivos comuns e estratégias comuns. É por isso que acredito que mais tarde ou mais cedo os meus netos ou bisnetos rezarão a Alá que me parece bastante mais sério, menos corrupto, menos punitivo, e mais razoável que o deus que por cá se consome.
Enquanto não percebermos que o legado heracliteano da tensão como geradora do novo, não é um registo de funcionamento social que leve cada um de nós senão à aporia que se traduz no desenvolvimento da indústria da psiquiatria, não estaremos em condições nem de dialogar, nem de combater.
Lembrar-me eu que os serviços secretos suspeitam que os elementos da Al-Qaeda comunicam entre si por e-mail com códigos de cores, dá-me uma profunda vontade de rir. Parece-me que essa hipótese era logo de se por. bastaria para tal mandarem alguém a um souk para perceber como funciona a coisa. Sobretudo somos mais estúpidos e ainda estamos convencidos do contrário!

Crónica Despardaladas de um Viajante Constipado - Epílogo

Levantámo-nos de manhã bem cedo para fazer o caminho de regresso para Hammamet, onde passaríamos os três restantes dias, até à partida do avião que nos trouxesse de volta a Lisboa. Boa parte as pessoas mantinha com algum esforço o ar de boa disposição que nestes momentos se recomenda. Surdo que sou a recomendações do socialmente aceitável, dei publicamente notícia do cansaço que se fazia sentir em mim e soube então que estava longe de ser o único. Em Hammamet não haveria excursões com horas marcadas, não haveria saídas "to see a very typical whatever" e disporia do meu tempo, da forma que melhor entendesse. Contudo, o caminho até Hammamet era ainda oportunidade para visitar uma fábrica de tapetes que não tinha empregados porque todas as senhoras trabalhavam em casa, tratando-se, por isso, de um entreposto comercial, onde se podia comprar tapetes a preços módicos do ponto de vista tunisino, escandalosos do ponto de vista das minhas finanças. Mas foi, sobretudo, oportunidade para visitar uma pequena cidade cujo nome não me lembro, mas onde chegámos bem perto da hora da oração. Ao sair do autocarro ouvi com toda a nitidez os cânticos da chamada para a oração que achei lindíssimos. Já dentro da Medina, a caminho do souk, passei entre a Mesquita e os lavabos onde os crentes fazem as suas abluções antes da oração e têm de atravessar aqueles dois ou três metros de rua que os separam da entrada da Mesquita. Ficou-me na memória a alegria que transparecia dos rostos daqueles homens todos encharcados que iam a seguir estabelecer a relação com a transcendência. Lembrei-me das cinco obrigações do muçulmano e tentei calcular o júbilo que experimentariam, mas não obtive qualquer resultado. São coisas só acessíveis aos crentes. Depois, quando já me vinha embora por um outro caminho, dei de caras com a loja de um artesão que não chamava ninguém para dentro da loja, o que me fez entrar. Era, de facto, diferente de todos os outros. Não vendia nada que não fosse feito por ele e tinha um livro de honra, onde vi comentários de alguns portugueses, espanhóis, franceses, italianos, alemães, americanos e ingleses. Foi a última loja que visitei no Souk desta cidade.
Chegados a Hammamet, fui descansar e no dia seguinte ao dia de praia piscina e giboianço, fui a Tunis, a Sidi Bou Said e Cartago. Valeu a pena Cartago e ainda mais Sidi Bou Said onde vi água azul turquesa que pensava só existir em photoshop. Fui às termas de Antonino que ficam atrás do Palácio presidencial e que são dignas de serem vistas. Que bem que Antonino se lavava.
Voltei para Hammamet e por ali giboiei até à noite. Fui dar uma volta pela Hammamet antiga e à noite fui ver o que se passava nas redondezas do hotel. Encontrei aí uma enorme animação. Havia um dromedário muito limpinho, com oito anos, chamado Marcelino, que respondia ao nome. Perguntei ao dono qual era a esperança de vida do Marcelino e ele respondeu-me que era de vinte e cinco anos. Voltei para o hotel, para a cama, pois no dia seguinte esperava-me um vôo que foi ainda mais atribulado que o primeiro. Vi cinco cães em sete dias de viagem de norte a sul da Tunísia, tantos quantos tenho em casa.

Sacanas sem Lei

Que títalo sujestivo. Diria que será paradoxalmente o ke se paçça ká pelo pântano. Sim, aki hexistem leis, tãtas e tão variegadas que só se lixam os tanços que não as conhecem ou kem não tenha maçça suficiente pra pagar a um escriba que as conheçça.
Ódespois, o filme é çinema a çério. E não fosse çinema e, por isso, contiveççe algumas "inconsistências" na estória que já não encontramos na realidade, próximos questamos deleições, diria que seria uma alternativa de governo conçistente, capax de varrer o lixo ke por aí anda e ódespois logo se veria.
Estou aberto ao debate dentro de cinco minutos. Depois de dar comida aos cães e carregar as armas

Ainda a propósito do Sócrates fora da Champions League

Esqueci-me de referir que numa inspecção de rotina feita pela ASAE a puta da balança da rapariguinha que era cega e tinha uma espada numa mão e recuperou subitamente a visão, foi apreendida e levantado o respectivo auto de notícia, bem como o auto de apreensão da dita balança que manifestamente se apresenta por calibrar. Quanto à espada a ASAE deixou a rapariga ficar com ela, pois verificou que tinha dois gumes... Um pouco como aquela história da Faculdade de Direito em que a menina responde ao Prof de modo algo irreverente, este lhe responde que tem a faca e o queijo na mão, dizendo-lhe ela de seguida que se tem tudo aquilo nas mãos, também deve ter cuidado para não se cortar...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sócrates fora da Champions League! (click aqui)

Mais uma vez, Cândida Almeida não desilude o seu publicozinho e até foi a Londres combinar com as autoridades inglesas o modo mais rápido de envio da informação detida por eles (ingleses) e capaz de esclarecer a situação do Freepór (desculpem, mas ando a aprender inglês na mesma escola do Sócras). De volta a solo pátrio, constata a Cândida que eles (ingleses) se continuam a atrasar (é preciso muito cuidado com os atrasos. Alguns deles podem até significar criança a caminho), e tem quase tudo concluído, sendo a primeira e principal conclusão que o Sócras, afinal, não está metido nem no free, nem no pór. Pelo que lhe restava apenas deixar o Sócras em paz.
Tudo isto para grande regozijo meu que julgava que a Justiça era ceguinha de todo, mas constato agora que, se alguma vez o foi, teve uma recuperação bem melhor que os seis da oftalmologia de Santa Maria. Resta saber agora se a rapariga vai dar uso à espada e qual é o pescoço ou pescoços que vai ou vão ocupar o lugar onde deveria estar o pescoço do Sócras se ela não tivesse recuperado a visão.

Crónica Despardaladas de um Viajante Constipado - Capítulo III

A história dos dromedários do dia anterior não parava de me aflorar à memória. Tanta ONG preocupada com a preservação da biodiversidade e com os direitos do animais e ninguém viu o que eu vi? Coisa estranha! Compreende-se: as cameras de TV que dão visibilidade a muitas destas ONGs não estão às portas do deserto. Ou os dromedários se mudam para local mais cosmopolita, ou caem no olvido dos activistas da coisa.
Bem, acordei às seis da matina e às seis e meia fui de Toyota Land Cruiser visitar o "Palmeiral".
O palmeiral é o oásis que existe perto da urbe. Está dividido em talhões por todos os agricultores e tudo parece decorrer na maior das harmonias e da entreajuda. Tudo é aproveitado, tudo é feito no sentido de aumentar a área arável e deter o avanço das dunas.
Passei a manhã no Palmeiral e à tarde fui ao centro da cidade. Estávamos já no Ramadão e só via abertas as lojas para turistas. Foi numa delas que entrámos e foi aí que me fartei de discutir com o comerciante que achou graça ao meu isqueiro e queria à viva força inclui-lo no negócio. Foi difícil reter o isqueiro. Do hotel onde estava hospedado até ao centro da cidade ainda havia uma boa distância a percorrer, de forma que fomos de charrete. O condutor da charrete, com ar de pobre diabo, levou-nos a essa loja e ao deixar-nos deixou nitidamente perceber que o comerciante era das suas relações. Ficou à nossa espera, para nos levar de volta ao hotel, tal como tínhamos combinado. Entre outras coisas comprei um cinzeiro e mais um lahafa. Depois da discussão dos preços (com e sem isqueiro incluído), voltei na caleche para o hotel. Quando estávamos a sentar-nos, o comerciante chamou o nosso condutor e diz-lhe qualquer coisa muito próximo do seu ouvido e a meia voz, enquanto lhe põe na mão qualquer coisa que o outro guardou imediatamente. Quando se voltou na minha direcção ainda sorria. E lá fomos para o hotel. Deixou-nos a 150 metros do hotel, alegando que o burro não conseguiria levar a carroça até lá. A conversa tinha começado quando lhe dissémos que o burro estava muito magro, ao que ele nos respondeu que era um burro árabe. Agradecemos, saímos e percorremos o resto do caminho procurando as sombras.
Chegados ao hotel, fui tomar bebidas isotónicas que aquele percurso, com aquele sol, deixa qualquer um em muito mau estado. Tinha-me levantado demasiado cedo, agora era aguardar pelo jantar e deitar-me!

Prontos! Tou outra vez fecundado

Lá vai a minha cadela Lina ser operada mais uma vez!
Há por aí uma série de Fs da P. que mereciam ser operados ao cérebro todos os dias, mas é a minha cadela que tem de ficar sem mamas. Foda-se!

Vou pintar o quarto dos putos - parte II

Já comprei as tintas e todos os apetrechos!
Agora vou desenhar Bastos nas paredes dos gajos!

Hora da borrada

Vou pintar os quartos dos putos. Artigo fino!
O Migel Angelo Buonarroti do Carrascal!
Só me apetece chegar lá e começar a desenhar Bastos, mas não posso!
Mas primeiro tenho de ir comprar a tinta!

Lá, como cá, alguém tenta inverter a tendência do envelhecimento

Constipado à paisana


Em operação undercover no sentido de organizar clandestinamente mais um grandioso happening Constipado. Ao fundo, dromedários rodados!

Na Porta dos Leões, depois da pregação da causa Constipada aos ditos

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Um exemplo a seguir pelos portugueses


posto clandestino de abastecimento de diesel e gasolina. Os combustíveis são trazidos da Argélia, onde são muito mais baratos, e vendidos em gerrycans na estrada, por vezes nas barbas da polícia...

Em pleno deserto já preparado para pregar a Constipação a dromedários e areia

Qual Lawrence da Arábia, em versão hetero, ali vai o Constipado ciente da vitória que não poderá fugir à causa!

A Campanha começou ainda no Aeroporto de Lisboa

Inda o dromedário do ar estava a meter água, e já o Constipado ia amostrando a txarte conforme decumenta a image. Ser constipaaado é boooooooooom!

O que eles eram e no que se tornaram

Sem comentários!

Prémios de produtividade para magistrados

Gostei muito de saber desta medida do PSD. Sobretudo, gostei de saber que se estão completamente nas tintas para o assunto da justiça, que estão mesmo apostados em dar cabo do que resta dela, para além de abrirem a porta ao portuguessíssimo princípio "se ganhas mais, trabalha tu!".
Se houvesse um prémio para a medida mais demagógica e descabelada de uma campanha eleitoral, todas elas concorreriam ao segundo lugar porque esta teria o primeiro assegurado!

Crónica Despardaladas de um Viajante Constipado - Capítulo II

Foi o tempo de dormir umas horitas e partir de Hammamet em direcção a Douz, onde visitámos um circo Romano, em muito bom estado de conservação, e que foi o maior que Roma construiu em África (na altura certa, mostrarei fotografias cá do Constipado na saída dos leões do dito circo). Foi nessa altura também que sofremos a primeira carga dos comerciantes que abundam nas cercanias do circo. Antes de entrar, comprei um lahafa (aquela espécie de turbante), pois rapidamente me apercebi que os meus conhecimentos e recursos de europeu, em termos de vestuário, estavam aqui completamente deslocados e eram despropositados. Depois de acesa discussão quanto ao preço da peça, lá chegámos a um acordo satisfatório para ambas as partes (creio que mais satisfatório para ele do que para mim). Quando o gajo ia colocar a coisa dentro de um saco preto, disse-lhe que não queria saco e queria que ele me ensinasse a colocar aquilo correctamente na cabeça. Aprendi a colocar aquilo de uma forma citadina, mas de que não gostava muito.
Os chapéus europeus que levava, todos cheios de furinhos que supostamente me refrescariam o ar junto à cabeça, não revelavam nem metade da eficácia do lahafa. Depois disso, comprei mais três ou quatro e todos os dias andava com um diferente. O que acontece é que existem várias formas de colocar o lahafa na cabeça, todas elas diferentes e incompatíveis. Se não me engano, o pano até muda de nome, para laharma, quando é colocado de algumas dessas formas. Só consegui fixar uma forma minimamente aceitável do modelo berbere, o mais eficaz de todos, do meu ponto de vista. Cada vez que entrava numa medina só ouvia falar em Ali-Babá, tendo imediatamente vontade de perguntar se estava a falar com algum dos quarenta ladrões, mas é melhor ignorar certas coisas...
Na longa maratona que me levou até Douz, tive também oportunidade de visitar uma "casa troglodita" (a expressão não é minha), que é escavada na montanha e os seus túneis são divisões fresquíssimas da casa, todas elas indo dar a um quintal, onde pude ver alguns animais que ali sobreviviam. O espectáculo foi deprimente, especialmente porque me senti a devassar um espaço que só a miséria abre a todos. Ciente disso, deixei algumas moedas no prato colocado para o efeito junto da saída, mas esse sentimento não me abandonou.
Antes da chegada ao hotel, uma última paragem para mais uma encenação. Fui andar de dromedário para as "portas do deserto". Aqui, a primeira coisa que fizeram a todos foi colocarem um djelahba por cima das nossas roupas e um lahafa à maneira berbere na cabeça. Depois, montámos os dromedários que, tal como no aviões, quase só apresentam perigos na descolagem e na aterragem. Aí é que é necessário agarrarmo-nos. E lá andámos uns mil metros de dromedário.
Aqui deu-se um pequeno incidente de que fui protagonista. O nosso grupo era identificado pela cor dos lahafas que eram vermelhos vinho. Quando de repente surgiu um outro grupo que tinha lahafas cor-de-laranja. Não resisti e gritei para a minha mulher que ia um pouco mais à frente, que o PSD tinha entrado em campanha aberta no deserto. "Olha a Manela Azeda o Leite debaixo do Preto", quando reparei no último elemento da equipa que ia a passo acabrunhado, gritei-lhe: "Olha o Dias Loureiro a pensar na vida!". Ela ria tanto que quase caiu do camelo, mas a coisa não caiu bem em alguns elementos portugueses da comitiva. Estávamos todos identificados.
Já quase no fim do percurso, perguntei ao meu guia se o dromedário tinha nome, respondeu-me que não. Perguntei-lhe a seguir que idade tinha e quantos anos iria viver. Respondeu-me que tinha oito anos e viveria entre quinze a dezoito anos. Eram visíveis as marcas de chicotadas por todo o camelo, especialmente nos quartos traseiros. A agressividade com que reagiu às festas que tentei fazer-lhe também me espantaram. Cheguei ao hotel, tomei banho de água morna e preparei-me para jantar...
À noite, fui a um jantar típico de não sei o quê. Antes do jantar propriamente dito, fomos ver um espectáculo que pretendia simbolizar as lutas a cavalo entre dois príncipes do deserto. Ficou a semelhança com um fraco número de circo. A grandeza de outrora, a ter havido e não ter sido fabricada por Hollywood, oferece agora o aspecto de um tupperware há muito fora de prazo e demasiado corroído.
Disseram-me que o jantar era berbere, mas os talheres ocidentais em cima das mesas e o vinho, negavam a autenticidade da coisa. Perguntei por chá e não havia... Este jantar foi musicado por um grupo folclórico local, mas a estridência de uma espécie de corneta que pretendia dar consistência a toda a peça musical não permitia que se jantasse em paz. Se os gajos estivessem a tocar a cem metros do local, a coisa estaria muito melhor. Para o final apoteótico reservaram-nos três dançarinas da dança do ventre, mas os autênticos males de ventre haviam de chegar no dia seguinte... a minha mulher passou a noite a correr para a casa-de-banho, enquanto eu dormia como uma pedra. Por muito que as raparigas se esforçassem, aquela dança do ventre também podia ser a dança dos cus, ou a dança das mamas a abanar ou a dança do que se quisesse. Estava desejoso de deixar este registo do "very typical" e regressar ao hotel.
Não perca os próximos capítulos

Lagartada de parabéns!

Preferia ter passado a eliminatória. Não passámos, mas provámos que temos equipa e que nem precisamos lá muito de ir ao mercado pagar fortunas porque os fazemos lá em casa!
Não vos peço que ganhem, só vos peço que se batam como hoje se bateram!
Parabéns Lagartada!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Crónica Despardaladas de um Viajante Constipado - Capítulo I

A aterragem do Boeing 737 da Cartage Airlines não terá sido das mais tranquilas que o Aeroporto Abib Bourguiba já conheceu, mas como julgo que aquela linha existe para levar peregrinos a Meca, e ponho a hipótese de os pilotos terem sido treinados para submeterem os crentes a mais algumas privações que os faça ficarem mais perto do martírio e, por isso, das setenta virgens que terão como prémio no paraíso que hipostasiaram, não sabem já aterrar de forma mais suave, pelo que dei ainda uns pinotezinhos. Bem, seja como for, lá conseguimos chegar todos vivos e descemos pelos próprios pés a escada que foi encostada ao aparelho. Depois, foi entrar para um autocarro que nos deixou mesmo junto da polícia que se encontrava preparadíssima para nos receber. Todos fomos filmados por uma máquina que também nos media a temperatura corporal. Saí em direcção à recolha de bagagens, depois de ser obrigado a preencher umas fichas que deixei na polícia, quando notei que o calor não era muito, mas a quase ausência de humidade no ar o tornava quase irrespirável. Estava à espera de encontrar alguém com uma tabuleta com o meu nome ou o da minha mulher, ou mesmo o da agência de viagens que organizava o "evento", quando reparei que o nome da agência constava numa espécie de carrinho de gelados, mas sem gelados. Atrás do carrinho, uma senhora afadigava-se em encontrar os nomes de todos os passageiros de um Boeing 737 repleto e dizer a cada um o número do autocarro em que devia entrar e que encontraria logo que passasse a porta da saída. Foi-me também dito que ficaria essa noite no hotel de que não deveria esquecer o nome para sair na paragem certa. Com o autocarro cheio, segui de Monastyr para Hammamet. A viagem decorreu sem incidentes, mas percebi logo que o trânsito autóctone é regulado mais pelas leis do bom-senso do que por qualquer código da estrada. Foi no início desta viagem que conheci o guia que durante quatro dias equivocamente nos guiaria pelo que dizia ser o deserto, mas era apenas a antecâmara da orla do dito, por dunas de dois metros de altura a cinquenta metros de uma estrada alcatroada e outras coisas que tais. Não obstante estas bizarrias, lá explicou a um ou a outro coisas que muito me espantaram. Entre elas e de grande utilidade que ao entrarmos numa medina, quando fizéssemos a primeira compra, o comerciante dar-nos-ia um saco de uma cor que anunciaria a todos os outros a nossa capacidade negocial. Assim, ao sair da primeira loja em que entrasse e sem que o saiba, o turista leva na mão um letreiro que indica a todos os outros comerciantes a sua "capacidade negocial", o potencial filão que ali vai, o tanso capaz de lhes angariar o sustento e lhes abrir a possibilidade do luxo. Estava cansado, tinha-me levantado às seis da manhã em Coimbra e só queria uma enxerga onde repousar a ossatura e os tecidos adiposos. Assim que cheguei ao hotel, comi qualquer coisa e fui descansar ambos, pois o dia seguinte começaria antes da seis da manhã...
Não perca os próximos capítulos!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Estamos a sair debaixo das pedras... Finanalmente!

Vim só aqui para dizer que os meus lagartos até nem se portaram nada mal... atendendo às circunstâncias!
Já estou mesmo de malas feitas para ir apanhar o tromba-de-aço e ódespois apanhar o pássaro que ruge, amanhã de mãedrugada, ou seja, antes do meio-dia. Ódespois vai começar a doutrinação Anarca Constipado pelo deserto.
Já tenho marcados dois comícios para camelos e um para dromedários. depois mando-vos as coordenadas que aquilo é mesmo no meio do deserto.
Agora vou ali comprar tabaco!
Bye now!

Já mandei fazer as txarts

Amanhã vou começar a doutrinar o Magrebe com as minhas novas Txarts.
São as duas brancas, mas saíram muito caras. Tenho de procurar outro fornecedor quando chegar a Coimbra na volta do camelo.
E prontes!
Pessoal, vou só comprar tabaco!

O fantasma do Artic Sea

Parece que o fantasma dos cargueiros volta a atacar. Não deve ser o mesmo que assola para os lados do corno de África (como se em África não fosse tudo corno, enganados que são todos os dias por europeus e americanos e japoneses e o diabo a quatro).
Mas este fantasma do cargueiro é particularmente bizarro. Fundeou o navio em águas chochas e ali o deixou. Se ainda fosse carregado de chocolate ou de cacau, eu diria que estava em banho-maria e que a seguir íamos ter mousse, Mas não!
A propósito de mousse, prefiro a do cozinheiro sueco. Ora vejam lá se não a preferem também

domingo, 16 de agosto de 2009

Misere Miserere

Nunca voltes ao lugar onde já foste feliz
Pois, está bem! Que coisa mais deprimente que almoçar com a gajada da fac e começar a olhar para as cabeças levando a cabo um mental concurso de cabelos brancos. Fiquei bastante bem classificado, mas encontrei gente que está um caco. Tudo isto enquanto se procedia às habituais provocações próprias de estudantes de curso que mais não passam do que de especializações em doenças mentais. E foi assim! Adorei ver aquela gajada toda, velha e tudo! Elas, não obstante o tempo que lhe passou por cima, continuam encantadoras; eles, os mesmos trastes de sempre, agora com rugas visíveis nas trombas, mas onde, de quando em vez, se pode ver ainda os olhares dos putos que já foram!
Maravilha!

Foi assim e não há volta a dar-lhe

Dias de Paz, Amor e Liberdade, condimentados com sexo, droga e Rock'n Roll.
Não houve cenas de pancada, houve pequeno almoço na cama para mais de 400 mil e a coisa foi de tal magnitude que ainda hoje se fala nisso.
A propósito: a provar-se que foi o cheiro a maconha que dispôs aquela gente aquele estado de espírito, por que motivo não se obriga legalmente ministros das defesas e presidentes e PMs dos países mais beligerantes a fumá-la também?
Parece que não a fumar causa mais mortandade do que fumá-la, não?
Já há muitos anos que não toco nisso
Mas, I never said that I was brave!

sábado, 15 de agosto de 2009

O Manual de Epicteto e o Sporting

Parece-me que foi o livro de cabeceira das férias de Paulo Bento: Manual de Epicteto. Acho bem, por um lado, porque isso o acalma, o faz pensar antes de abrir a boca. Por outro, acho mal, porque são conhecimentos e revelações que não se fazem a jogadores de futebol, muito menos a uma equipa inteira que não pode nem deve ser entendida como uma colecção de estatuária.
Educar e treinar homens para não quererem, para a recusa, pode até ser um acto de patriotismo (se o tivessem feito em tempo devido a alguns banqueiros e ex-ministros, secretários de Estado e gestores, talvez estivéssemos um pouco menos mal), mas à equipa de futebol do meu Sporting, não!

Hoje é dia de Festa

O meu cão Cajuja faz hoje um ano.
Sintomaticamente, fá-lo no mesmo dia que o meu amigo Boi Animal ao curro de quem terei de ir amanhã para assinalar a data de hoje.
Portantus, amanhã estarei no Concelho de Oeiras, em libações inconfessáveis.
Fechem as portas e as janelas!

Alerta Vermelho!

Vou ter obras em casa. Uma vez que a coisa se vai dar em Carrascal de dentro, é a minha patroa que vai comandar as operações (palavra do Senhor!). Mas, entretanto, já tive de levar com o empreiteiro. As boas notícias é que vou ter mais espaço para os meus livrecos e mais uma saleca para colocar os Magalhães de onde lanço estas parvoeiras; as más notícias é que vou ter obras cá em casa!Os obras no Concelho de Carrascal de Dentro, obrigam a que tenha de controlar cães e gatos em Carrascal de Fora! Estava tentado a dar ordem de detenção a cães e gatos, mas não tenho autoridade para tal. Isto vai ser lindo!
Se algum de vós for para ali para perto da Tunísia dentro do próximo mês, avise que eu preciso de boleia para casa. Não tenciono voltar de férias com pedreiros e ladrilhadores e pintores tudo dentro de minha casa. Individualmente, terei muito gosto em recebê-los, mas eles revelam sempre uma tendência horrível para gregário!
Não! Não aguento isto, volto quando as obras acabarem. Por favor, tragam-me de volta lá mais para a frente!

Primeiras impressões

A coisa não começa bem!
Fui ao café onde habitualmente como a minha empada de galinha e bebo a matinal bica (para o pessoal do Porto, cimbalino). Estava fechado e só abrem segunda-feira. Já prometi a mim mesmo que vão ter de me ouvir. Então o Sr. Peixoto e a Sr.ª D. Lurdes piram-se com a filharada toda e deixam cá o indígena sem as empadas e o café?! Como é que um homem pode sobreviver numa situação destas?
Ainda fui ver se havia as empadas que são feitas por uma senhora que mora em frente e de vez em quando se chateia com as ditas, compra uma garrafa de vinho tinto maduro, e aqui vai disto que amanhã não há empadas porque estará de ressaca. Adoro a senhora, muito embora não lhe diga mais que "bom dia" e "boa tarde"
Ora, está tudo a falhar! Nem as garrafas da senhora eu vi!
Depois venham para cá dizer que o produto interno bruto está a aumentar. O que deve estar a aumentar é a brutalidade do produto interno que um gajo já nem uma empada de galinha tem para o pequeno-almoço. Irra! Ou este Governo cønštipadö toma posse e controla a situação, ou isto está tudo tramado porque não consigo gerir o Concelho do Carrascal de fora sem uma empada logo pela manhã.
Também tenho de falar com a gráfica que comanda aqui o meu Magalhães que tenho a impressão de que existe para aqui uma qualquer desconfiguração.
Tovarich Piotr, ESTÁS A FAZER FALTA QUE ESTA ORDEM ESTÁ A FALHAR.

Bom dia, Bom povo cønštipadö!

Acordei finalmente!
Agora, vou tomar café, ver o que se passa pela bola em que vivo e já digo qualquer coisa acerca do assunto!
Patrióticos espirros para todos!

Não leiam isto

Que bom que é poder estar à uma e meia da matina a escrever no meu bloguinho, sem sequer estar preocupado com a hora de entrada amanhã!
Ai, ai!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Prontes!

Já estou em casa, refeito do choque, fruto da revelação que é de repente um gajo perceber que durante três magníficas e gloriosas semmaines não voltará aquele sítio, aquelas horas, não verá algumas daquelas caras, dispõe do tempo para si e para fazer dele o que lhe der na real gana. Enfim, esse ponto de partida de todos os homens que depois constatam que é também a aspiração que têm para o ponto de chegada!
Agora sim, Constipados de todo o Mundo, UNI-VOS!

Take off, take off!


Olha eu já de férias e em campanha Cønštipädø ™
I'm in the air!
Yes! Weekend!
Yes! Hollydays!
I'm Free!
I´m a free Cønštipädø ™ human being walking on the moon as the picture shows!

Ten seconds to go

Start engines!

Ten seconds and counting!

One minute and counting

Uf! Uf! Uf!UF!
and counting, counting!

Fifty minutes to go

and counting!

Já só faltam duas horas para o histórico momento

O Je Cønštipadø ™ ir de vacances!

Já só faltam 4h e 15 minutos para o Je ir de vacanças!

Hehehe

Logo, às seis da tarde, haverá mais um proletário a gozar de merecidas férias

Esse proletário é cá o je!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dart Vader detido pela polícia

Foi prestar declarações à esquadra. Aguardam-se novos capítulos da Saga guerra das Estrelas, desta vez com Dart Vader em maus lençóis!
Já tinham sido avisados que era melhor esperarem pelo Santana Lopes e toda a Lisboa estaria com Dart Vader e sus muchachos!

Governo Cønštipadø ™ descobre: Será que há "engenharia" nos dados? (Click aqui)

Medina Carreira assume-se como um desencantador da realidade ainda que virtual, que me circunda.
Estava tão feliz! Já não sei que pensar!
Estou que nem uma barata tonta perante todas estas novidades. Não obstante reconhecer em mim alguma capacidade de adaptação a alterações, por muito adversas que sejam, já não sei que pense, já não sei que diga, já não sei que faça!
E os nossos deputados e candidatos a deputados fazem coisas dessas. Afinal é verdade que O PM que agora é PR deu um milhão e meio de contos para que a A5 fosse terminada uma semana antes do previsto?
Vou começar a estudar para ser analfabeto que eu não quero voltr a ler notícias destas!
Vou ser candidato Cønštipadø ™, mas hei-de sê-lo completamente analfabeto! Prontos!

Click aqui para ler no Público que cada vez esperamos menos para ser operados

Ora, esta boa notícia, aliada à outra que já vos dei de estarmos ainda a andar para trás, mas já muito devagarinho, faz-me temer que uma vez invertidas as situações, possa iniciar-se em Portugal num futuro muito próximo uma nova modalidade de cirurgias: opere-se agora e adoeça depois!
Isto, sim! É o pugresso, tal como o concebe o nosso PR que nunca teve acções do BPN.

Do Paulinho das Feiras, aqui vai esta

Por outro lado, é com absoluto conhecimento de causa que posso hoje afirmar que o esforço prioritário a favor do estatuto precário dos excluídos deve conduzir-nos às escolhas verdadeiramente imperativas de uma reestruturação social, na qual todos e cada um poderão finalmente encontrar a sua dignidade.

Expresso na vanguarda da civilidade

Os animais podem contar agora com um espaço nos media portugueses.
O Expresso vai disponibilizar um espaço onde se pode anunciar a procura de animais, a sua adopção e outros assuntos em que estes se vêem em apuros, porque têm de obedecer e viver segundo as regras dos "humanos".
Depois, de tanta porcaria com que o Expresso nos brindou, durante tantos anos, só podemos ficar gratos ao Expresso por esta iniciativa que espero tenha sucesso e seja aproveitada por todos.
OBRIGADO, Expresso!

Click aqui e constate por si mesmo o que só o anúncio da candidatura do Governo Constipado™ ao poder pode gerar

Tínhamos começado a andar para trás na brasa. Agora estamos muito felizes porque continuamos a andar para trás, mas devagarinho. Bem, pelo andar da carruagem, se isto um dia começa a andar para a frente, o grau de felicidade há-de ser tão grande que o pessoal embebeda-se todo e a coisa pára outra vez. Ah! Tenham cuidado que há-de haver um momento em que a coisa vai deixar de andar para trás e começa a andar para a frente. Nesse momento, tenham cuidado, porque vão sentir um grande solavanco e até podem cair. Agarrem-se!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Líder do PSD defende Preto

Se a coisa já estava feia para o Preto, agora fica horrorosa!
Mas vem aí o Montalvão Machado, essa fonte de juventude que tudo enfrenta com a raça de jovem que todos lhe conhecemos.

Tomem lá mais do mesmo

Isto explica a situação do País.
esta é de um reformado, Mário Soares
"Já há muito tempo (haverá necessidade de o recordar?) que defendo a ideia de que o esforço prioritário a favor do estatuto precário dos excluídos interpela o cidadão que sou e obriga-nos a todos a prosseguir na via de soluções rápidas que correspondam aos grandes eixos sociais prioritários".

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sò para descontrair, mas não muito. As eleicinhas estão à porta!

A Crise da Justiça Portuguesa

Acabei de receber um email com o seguinte teor:
CM - 11 Agosto 2009

Opinião

Se fosse em Portugal...

A Justiça inglesa funcionou no caso do português preso sem provas. Mas
se fosse em Portugal o que não se diria...

Muito se tem falado sobre a falta de eficácia da investigação criminal
e da Justiça em Portugal, bem como da sua lentidão, por oposição ao
que se passa por exemplo em Inglaterra. Quando se iniciou o chamado
‘Freeport II’, muitos foram aqueles que afirmaram "que agora é que
era, que agora não era a brincar, que agora vinha aí o SFO". Sobre a
investigação criminal noutros países todos tínhamos conhecimento, daí
muitos afirmarem que o que humildemente se faz por cá em nada fica a
dever ao melhor que se faz noutros países. Comparativamente com
Inglaterra, bom todos conhecemos a sua colaboração nos casos ‘Maddie’
e as conclusões que ainda não chegaram, ‘Freeport’. Também todos
conhecemos a ligeireza com que abateram um cidadão brasileiro
confundido com um perigoso terrorista. Recentemente uma jovem foi
assassinada. Rapidamente e sem qualquer dúvida foi detido o seu
namorado (por acaso um português), como autor desse crime. Com base
numa única prova, uma gravação de muito má qualidade, onde quer a
polícia, quer os promotores públicos, quer o tribunal viram sem
qualquer dúvida uma mala de senhora, a qual foi encontrada numa busca
em casa do suspeito. Apesar de ele negar o crime, rapidamente, porque
a Justiça quer-se rápida, foi o suspeito condenado a prisão perpétua.
A sua família nunca se conformou com a decisão. Contratou um novo
advogado, que, depois de analisar a dita gravação, conseguiu provar
inequivocamente que a jovem assassinada não levava naquele dia
qualquer mala. Com base neste novo pressuposto, importante digo eu, e
diz também o Tribunal, e como esta era a única prova existente contra
o suspeito entretanto condenado, foi este imediatamente solto e contra
ele retiradas todas as acusações.

Quanto ao homicídio, regressamos à estaca zero, porque esse é o único
facto provado e sem qualquer dúvida: uma jovem foi assassinada. E
atrevo-me a pensar: e se isto acontecesse em Portugal; o que se diria
da PJ, do MP e dos magistrados judiciais? Muitos, de certeza todos
aqueles que vitoriam o sistema britânico, pediriam uma alteração
radical do sistema, destruindo tudo e todos. Assim, corajosamente
apenas ficaram calados. Afinal não se passou nada, não morreu ninguém,
não ficou nenhum homicídio por resolver, a pessoa presa três anos
injustamente e que por acaso até é um português afinal teve sorte e
foi solto, ou seja, a Justiça funcionou. A inglesa, porque se fosse em
Portugal…

Carlos Anjos, Investigador criminal da PJ

Respondi assim:
A questão da crise da Justiça portuguesa não me parece que seja a da falta de qualidade, mas a da falta de Justiça para quem menos meios tem para conseguir boas defesas.
Por outro lado, há também casos de um ou outro elemento da comunidade judiciária que permite que se levante a questão de a Justiça ser igual para todos. Isso, parece que não encontramos na Justiça britânica, mas encontramo-lo cá! Por exemplo, Procuradores Gerais adjuntos apanhados ao telefone e a conduzir, mandarem o polícia para qualquer sítio menos apropriado, vindo depois um Parecer do PGR a "limpar-lhe a folha". Haja decoro!
Depois, o povinho queixa-se (e cheio de razão) que um Conselheiro de Estado, não pode andar impunemente por onde quer e a dizer o que diz, quando impendem sobre si acusações públicas de enorme gravidade, nem o senhor PGR deve recebê-lo ao "abrigo do tratamento que é devido a personalidades" no dizer de uma sua adjunta.
Não é a questão do erro judiciário que ensombra a Justiça Portuguesa, antes fosse...


isto já não respondi e vem na sequência do raciocínio
A principal questão da Justiça Portuguesa parece ser a questão fulcral do regime político: a da efectiva e clara para todos separação de poderes e a legislação que garanta que ninguém, mas absolutamente ninguém, está acima da Lei. Enquanto isto não acontecer, não é a Justiça que está em crise, é o regime!

Telecomunicações e Proxenetismo ou o proxenetismo das operadoras nacionais (click no título)

O que o estudo não explica é qual é o peso da factura de telefone e telemóveis no orçamento médio de cada família nos diferentes países. É bastante provável que chegássemos à conclusão que "um pouco abaixo da média", era, afinal, uma descrição eufemística da realidade...

Pinturas rupestres apagadas em Almeida

Não havendo nada para fazer, destrói-se!
Ora umas paulitadas nas costeletas dos autores não funcionariam melhor que o sistema judiciário?
Bem sei que é proibido bater nas pessoas, mas a questão aqui é saber se se trata de pessoas ou de bestas com aparência de pessoas!

Se houver aviões por perto, não se disponha a uma massagem (click aqui)

Pois vai um homem ver se descontrai um pouco, que esta coisa da guerra subversiva dá cabo dos nervos de qualquer um, e leva com uma restemenga em cima. Lá calha!

esta é do mestre Vitorino

E não sereis certamente vós, meus caros compatriotas, que ireis contradizer-me se eu vos afirmar que a conjuntura actual conforta o meu desejo incontestável de caminhar no sentido de uma valorização sem transigências da nossa especificidade.

Esta é louçanica

Sendo assim, bater-me-ei pelo reconhecimento de que a vontade feroz de fazer o nosso país sair da crise faz das preocupações da população uma base para a elaboração de um plano que corresponda efectivamente às exigências legítimas de cada um.

A retórica da treta cá no cantinho é mesmo um saco sem fundo

É com toda a consciência que declaro com convicção que o particularismo devido à nossa história única traz consigo uma missão para mim das mais exaltantes: a elaboração de um plano que corresponda efectivamente às exigências legítimas de cada um.
(Autor não identificado)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Por hoje, já estou de papinho cheio. Fiquem-se com esta

Sendo assim, bater-me-ei pelo reconhecimento de que a acuidade dos problemas da vida quotidiana deve conduzir-nos às escolhas verdadeiramente imperativas de um projecto portador de verdadeiras esperanças, sobretudo para os mais desamparados.

O Pragmatismo do Zé da Indústria hoteleira açoreana

Por outro lado, é com absoluto conhecimento de causa que posso hoje afirmar que o esforço prioritário a favor do estatuto precário dos excluídos faz das preocupações da população uma base para a elaboração de uma valorização sem transigências da nossa especificidade.
(Também conhecido por "Cherne")

John Stuart Mill aos pulos na tumba (comé que nã me lembrei disto?!?!)

Já há muito tempo (haverá necessidade de o recordar?) que defendo a ideia de que o particularismo devido à nossa história única traz consigo uma missão para mim das mais exaltantes: a elaboração de soluções rápidas que correspondam aos grandes eixos sociais prioritários.
(de uma proeminente figura da nossa vida política)

Nem mesmo Rorty desdenharia subscrever esta tirada

Por outro lado, é com absoluto conhecimento de causa que posso hoje afirmar que a conjuntura actual conforta o meu desejo incontestável de caminhar no sentido de um plano que corresponda efectivamente às exigências legítimas de cada um.
(António Vitorino)

Pangloss não diria melhor!

domingo, 9 de agosto de 2009

sábado, 8 de agosto de 2009

A "humanidade" das opções sexuais (click no título)

Fiquei de boca aberta ao ler a notícia de que um homossexual palestiniano foi espancado pela família quando lhes disse que o era.Não contentes com os espancamentos, durante um bombardeamento judeu, mandaram-no para fora de casa para se livrarem do "problema". Irra, que com família desta dá gosto pertencer a uma monoparental e espero que a próxima bomba judaica, a ter de cair nalguma casa, caia em cima daquela onde este ser humano foi mais do que humilhado.
A Opus Gay está a fazer um peditório para o trazer para Portugal. Quem quiser colaborar vá a www.opusgay.org/
Espero que retirem aquele ser humano dali o mais rapidamente possível!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

USA congratula-se com a disponibilidade portuguesa...

Pois não se haviam de congratular! Fizeram a caca quase toda (digo "quase toda" porque não me esqueço que o criadito Zé Manel abriu um bar nos Açores onde o Blair e Bush foram beber o café servido pelo Zé Manel enquanto combinavam a essa caca toda que iriam fazer), e agora quem a vai limpar são os outros. É certo que o Obama não é o chimpo alcoólico que o antecedeu, nem tem gajos como o Rumsfeld como assessores, mas deveria ter de tratar ele a situação que herdou.
Bem, a mim não me causa qualquer confusão ter duas das vítimas do Rumsfeld e do chimpo por cá. Se quiserem, até tenho muito gosto em recebê-los, embora não saiba muito bem como comunicar com eles, visto não falar árabe. Não acho é que possa ser notícia o contentamento americano pela nossa disponibilidade. Ou será que é o nosso eterno provincianismo a funcionar e estamos a por-nos em bicos dos pés?

One week to go!

YES! WEEKEND!

Cartaxo vai acolher a primeira cidade do conhecimento em Portugal

Estou a ver!
Com a qualidade da fruticultura da região, o conceito de saber do Nozick e os contra exemplos do Gettier são história. Timothy Leary volta à ribalta! Se ele tivesse conhecido o tinto da região, nunca se teria dedicado ao LSD.
Conhecimento será mesmo no Cartaxo!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ângelo Correia e a Maria de Belém - estive a ouvi-los

Moral da história:
A Manela Azeda o Leite terá de fazer uma plástica porque ficou com uma fotografia de tal forma que se assemelha imenso a um saco de boxe depois de um treino de pesos pesados. O termo mais leve que ouvi foi "descricionaridade".

Espanha: detidas 60 pessoas por piratearem e redistribuírem canais de tv pagos

Mas então, o que é feito do velho espírito de boa-vizinhança e solidariedade que deve imperar entre vizinhos?
Estes gajos deviam era devolver o dinheiro aos clientes e exigirem esse dinheiro aos canais privados.
Cum Escamartilhão!

Ary Toledo

Incentivo ao abate de veículos

Bem aos preços a que a coisa está e à facilidade com que se trafica armas, segundo as polícias, começa a apetecer ir comprar uns RPG7s e começara a abatê-los! Depois a quem é que um gajo se dirige para receber a massa dos abates feitos? E como é que prova que os abateu?

Michael Jackson filme dos últimos ensaios

Temo bem que venha a ser a mais longa toma de comprimidos, drageias, cápsulas, ampolas bebíveis e injectáveis, cutâneas e sub-cutâneas, supositórios, inalações, estreptomicina snifável e outros que o cinema nos dará nos próximos séculos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sporting o meu clube de sempre e uma estranha vaca leiteira

Cum escamartilhão! Se for para continuarmos a jogar como fizemos, era melhor termos ficado por aqui, agradecendo à vaca que apareceu no final do jogo, mas dispensando os seus serviços. Até os putos da minha rua jogam melhor que aquilo.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Isaltino: o homem mais inteligente do mundo

Depois de ouvir o Isaltino fiquei com a sensação de que a Justiça cometeu uma grave injustiça.
Para além de lhe dar 7 anos de cana, devia também tê-lo amoradaçado. Esta era a medida mais correcta de todas: amordaçá-lo para que não passasse um atestado de estupidez a nove milhões de gajos.

BOI

Aí, em Oeiras, o próximo és tu!

Afinal o impossível acontece

Sete anos de pastor Isaltino servia
Oeiras, terra de papel, fortuna bela;
Mas não servia ao Oeiras, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.


CONCURSO

Se esta mão se chamasse Orçamento Geral do Estado, o que chamaríamos aos cachorros?
Um doce para a melhor resposta!

sábado, 1 de agosto de 2009

Atentados

Acabei de passar em frente ao televisor onde estava a passar qualquer coisa relacionada com os "atentados da ETA".
Independentemente, da posição que possa ter relativamente ao País Basco e a Espanha, acho um total abuso e um completo disparate atribuir à ETA estes atentados.
A ETA avisa sempre e reivindica depois todos os seus actos. Se alguma coisa corre fora do previsto, emite comunicado a esclarecer. Dentro do registo bárbaro em que funciona esta relação, pode dizer-se que é a mais educada das forças intervenientes, se assim me posso expressar. Portanto, até prova em contrário, não foi a ETA!

Curral de Moinas a capital de Portugal

Há tempos, alguém sabendo que sou de Lisboa e vivo em Coimbra, espicaçava-me os brios e lá me provocava com as afirmações menos lisonjeiras que arranjava acerca de Lisboa. Como estava meio a dormir, levei tempo a reagir. Acabei somente por lhe dizer que estava totalmente de acordo com o que me tinha dito e mais, eu próprio considerava Lisboa uma espécie de lixeira a céu aberto de todo o País. Mas havia uma solução para Lisboa: todo o País levar de volta a merda que para lá mandou!
Pensando melhor, nem mesmo assim a coisa lá iria, pelo que aposto em Curral das Moinas para capital do País. É mais o seu espelho.

Contributo para a educação da classe política

China
Ex-presidente da Sinopec condenado à morte por corrupção
Económico
15/07/09 14:16


Chen Tonghai despediu-se de forma inesperada da presidência da Sinopec em Junho
de 2007.


O antigo presidente da petrolífera estatal chinesa Sinopec, Chen Tonghai, foi
condenado hoje à morte por práticas de suborno, segundo a agência oficial local
Xinhua.
A sentença, proferida pelo Tribunal Popular de Segunda Instância de Pequim,
determina que Chen Tonghai passe dois anos na prisão, ao fim dos quais a sua
pena poderá ser comutada em prisão perpétua, caso mostre boa conduta. Caso
contrário será executado.
Chen foi expulso do Partido Comunista Chinês (PCC) em Janeiro do ano passado
por práticas de suborno e corrupção.
Anteriormente, em Junho de 2007, Chen despediu-se de forma inesperada da
presidência da Sinopec, a maior petrolífera da Ásia, elegando "motivos
pessoais". A saída deste responsável coincidiu precisamente com o início da
investigação do caso em causa.
Segundo as investigações internas do PCC, o ex-presidente da Sinopec "abusou da
sua posição para obter benefícios desonestos para a sua amante e outras
pessoas, e levou uma vida corrupta".

Havia de ser coisa linda... ainda tínhamos de reactivar alguma fábrica de munições...
Já estou a ver parte dos governos do Cavaco e do Sócrates encostados ao paredon...