Vamos tornar-nos mais civilizados?

domingo, 19 de abril de 2009

Farmácias, farmacêuticos

Que estranho acho que alguém que só pode ser dono de uma farmácia, possa concluir, a partir do receituário, que há médicos que mantêm relações espúrias com a indústria farmacêutica. Essas conclusões, tornar-se-ão muito mais fiáveis se lá em casa houver mais do que um proprietário de uma farmácia, v.g. se a mulher tiver outra, o sogro outra, a filha outra, o genro outra, o pai outra e a mãe outra, a fiabilidade alterar-se-á ligeiramente. Bem, se cada cão lá de casa e cada gato tiverem outra, a fiabilidade das conclusões sobe ainda mais. O trabalho por amostragem é sempre falível, muito embora já um ex-delegado de propaganda médica tivesse denunciado este tipo de relações, tendo-se traduzido a conclusão do processo por uns ossos partidos e uma estadia não programada num serviço de ortopedia. 
Agora a coisa é diferente. A indústria farmacêutica está perante um peso pesado destas coisas.
Entretanto, este pântano à beira-mar estagnado, constitui-se como dos mais aprazíveis locais para médicos, farmacêuticos e a indústria que faz mover uns e outros. Quem paga somos nós, com o pouco que temos para sobreviver!


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