Vamos tornar-nos mais civilizados?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Loja do cidadão

Já por uma série de vezes sinto a necessidade de me dirigir à Loja do cidadão.
Hoje, mais uma vez, fui lá passar boa parte da tarde!
A grande vantagem destas lojas, tanto quanto me diz a experiência até agora vivida nelas, é que concentraram num único ponto da cidade as filas de espera que víamos dispersas e libertaram-nos das correrias entre repartições disto e daquilo. Enquanto que antes do advento das Lojas do cidadão, podíamos ver uma fila nas Finanças, outra no Registo Predial, outra no Registo Comercial, outra para pagar a água, outra para pagar a luz e, nalgum momento nós próprios engrossaríamos aquelas filas, hoje concentram-se todas elas e mais algumas num único edifício permitindo ao cidadão desdobrar o seu tempo de espera. Assim, quando há vários assuntos a tratar, a pessoa vai à Loja do cidadão e enquanto espera pela sua vez no balcão x, está também a esperar em simultâneo pela sua vez no balcão y e, por vezes, no balcão z. Da espera é que ele não se livra.
Não sei até que ponto seria viável criar um sistema administrativo em que me fosse possível chegar a um balcão e dizer: mudei de residência! E o funcionário dizer-me: Muito bem, dê-me então a sua nova morada, a sua carta de condução, o seu documento x, y e z. Dentro de oito dias ou de quinze dias estará tudo na sua nova morada. Ou melhor, eu sei que em Portugal isso só será possível quando Portugal deixar de o ser!
O que eu pretendia era uma loja onde tudo quanto fosse possível seria feito back office, libertando o cidadão para o trabalho, ou para o desemprego como é cada vez mais o caso, mas não o faria esperar inutilmente.
Porque julgam vocês que o termo "Loja" aparece sempre com maiúscula e o termo "cidadão" não?

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