Comecei por ser cravado por duas escuteirinhas que me queriam vender uma esferográfica. Passou-me pela cabeça que aquilo é escutismo católico e para a Igreja não dou nada, mas esta merda que se chama consciência de um gajo não me permitiu a resposta que tenho sempre engatilhada para os adultos pedintes: Não dou nada para instituições católicas!
Comprei-lhes duas esferográficas.
Depois, tratei de saber qual era a minha mesa e lá fui.
Ao chegar, notei que a mesa estava sem secretário que tinha ido almoçar!
Depois, como mudei de residência, lá de Algés para Coimbra, o meu número de eleitor subiu mais que a inflação e quase tanto quanto o buraco do BPN de que o PR nunca teve acções. Bom! que se lixe. Identifiquei-me, deram-me o boletim de voto e lá fui eu para a Câmara de voto. Li o boletim com atenção, contive uma gargalhada, e vi que não estavam lá os meus bolicões. Se calhar foi por causa da foto que alguém podia considerar obscena. Coloquei mais um quadrado no boletim de voto, no lugar do nome do partido escrevi "os meus bolicões" no lugar da sigla desenhei em perspectiva os meus bolicões, dobrei o boletim, e fui colocá-lo na urna de voto.
Quando ia a sair, fui interpelado por uma sondagem de voto "à boca das urnas". Como estamos em dia de manifestar a civilidade que nos falta no resto do ano, acedi, e lá desenhei em perspectiva os bolicões, escrevi o nome, fiz o quadradinho e coloquei lá dentro a cruzinha.
Voltei para casa e, quando saí do carro, notei que tinha colocado o meu delicado pé em cima de uma "mina" deixada por um dos meus canídeos (vou abrir um inquérito e eles vão responder perante a comissão parlamentar). Fiquei irritado com aquilo e quem pagou foi a relva. A fúria só se tornou em gargalhada quando a minha mulher me disse entre gargalhadas que os Geoxes que eu trazia calçados tinham uns furinhos e que eu devia ter o pé em lindo estado...
Estou a escrever-vos depois de ter lavado os pés...
Mas votei nos meus bolicões que a votar nos dos outros, preferia sujar um pé todo!
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